SÃO PAULO – Muitos adolescentes profissionais sonham em trabalhar no mercado financeiro. Mas se bem que esta seja uma área muito promissora, exige bastante em conexão à criação, conhecimentos e certificação. O InfoMoney dialogou com o departamento de recursos humanos e com executivos de empresas do segmento para aprender o que um profissional tem que pra conseguir o primeiro emprego, dominar teu espaço e fazer uma carreira no mundo financeiro.
“Uma coisa é trabalhar em um banco habitual, outra é trabalhar em um banco de investimentos, numa asset (gestora de recursos) independente ou asset de banco, tendo como exemplo. São culturas diferentes e você necessita saber se tem um alinhamento com cada uma”, reitera Dikstein. Isso porque, várias vezes, o jovem “imagina uma rotina, todavia a realidade é totalmente diferente”, diz.
Segundo ela, uma das “ilusões” comuns da área, tendo como exemplo, é precisamente que o mercado financeiro vai conceder dinheiro ligeiro. “Quem está iniciando tem a impressão de uma carreira meteórica com dinheiro fácil, entretanto nem sempre é assim”, explica. Danielle Nascimento, Head de RH na XP Investimentos, acredita que os profissionais necessitam elaborar autoconhecimento. “É interessante se compreender pra saber se a empresa se encaixa no seu perfil e ver quando for preciso tomar decisões e variar as rotas da carreira – se for necessário”, explica. Dikstein acredita que outra coisa que poderá auxiliar é conversar com alguém que já atua na área.
Parece óbvio, porém não é sempre que quem está começando faz isto. “É excelente para entender como é a organização, sua cultura, como tem êxito o dia a dia”, declara. Sobre as características sérias do profissional, a gerente de RH da Rio Bravo diz que enxerga 2 perfis: “pessoas analíticas” e “pessoas de relacionamento”.
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Enquanto um perfil contempla pessoas de raciocínio lógico, mais racionais e pouco mais conservadoras, o outro encaixa as pessoas mais criativas, mais impulsivas e mais dispostas a tomar mais riscos. Ela garante que o universo financeiro “tem espaço pros dois tipos de perfis”. Afinal, “é preciso ter pessoas de estilos diferentes pela empresa”.
Já a Head da XP declara que a empresa busca por profissionais que sabem o que querem, que tenham objetivos em sua carreira, que saibam tomar decisões e que tenham bom senso. “O cotidiano é dinâmico e acentuado, precisamos de pessoas adaptáveis, que estão a todo o momento procurando se reinventar”, reitera Danielle. Ela diz que o perfil “inconformado” é muito bem-vindo pela XP Investimentos. “É aquela pessoa que nunca está satisfeita, sempre quer mais e melhor, sabe responder a respeito de pressão, é autêntica, é ambiciosa, entende trabalhar em equipe, e que acima de tudo sonha grande”.
Vinte mil mensais: conheça o MBA em Investimentos e Private Banking do InfoMoney em parceria com o Ibmec. Em relação ao procedimento seletivo, Danielle explica que pela XP é bastante provocativo. “Ao invés de fazer entrevistas clichês, básicas do dia a dia, criamos o XDay. Esse processo visa testar o candidato em diferentes situações como se fosse um dia normal de trabalho na XP. O candidato vê como funciona o trabalho”, diz. Esse procedimento serve em tão alto grau para estagiários, como para recém-formados. A corporação cria uma prática com líderes e pessoas que atuam na aéreas internas para participar junto com os candidatos. Desse jeito “todos sentem-se responsáveis pela contratação do profissional”.